Os novos anticoagulantes orais: benefícios, dosagens e contra-indicações

Novos anticoagulantes orais: como funcionam? Informe-se sobre suas dosagens fixas, benefícios e contra-indicações

Além dos anticoagulantes orais tradicionais (TAO), nos últimos anos tem havido uma alternativa eficaz para tornar o sangue mais fino e evitar que as plaquetas se aglutinem e causem coágulos.

Estamos a falar dos novos anticoagulantes orais (NAO), que são medicamentos muito úteis para o tratamento de:

  • trombose venosa profunda
  • embolia pulmonar
  • fibrilação atrial não valvular
  • acidente vascular cerebral isquêmico (como profilaxia).

TAO vs NOACs, comparando anticoagulantes

A ação dos anticoagulantes tradicionais visa modificar a capacidade de coagulação do sangue inibindo a ação da vitamina K, mas a dosagem varia muito de pessoa para pessoa, por isso o paciente deve fazer regularmente exames de sangue para calibrar a quantidade terapêutica adequada a ser tomada.

Os novos anticoagulantes orais, por outro lado, atuam no fator X ou protrombinase, uma enzima da cascata de coagulação, e são muito mais estáveis ​​e convenientes de tomar.

Os benefícios dos novos anticoagulantes orais sobre os anticoagulantes tradicionais

Os novos anticoagulantes orais (NOACs), ao contrário dos anticoagulantes 'clássicos' representados pelos medicamentos antivitamina K, apresentam menor risco de sangramento, não requerem monitoramento periódico do balanço de coagulação para sua dosagem, e sua dosagem é sempre fixa (que é muito importante para pacientes com baixa adesão à terapia).

Também é de grande importância a capacidade dos NOACs de ter menos interações com outros medicamentos e alimentos do que o TAO.

Outra vantagem dos NOACs é seu rápido início de ação e meia-vida curta, que indica o tempo necessário para reduzir a concentração plasmática do fármaco em 50 por cento e pode ser interrompido 24 horas antes da cirurgia.

Indicações para uso de novos anticoagulantes orais

Embolia pulmonar, fibrilação atrial não valvar, profilaxia do AVC isquêmico e tratamento da insuficiência venosa: são as doenças para as quais a nova geração de anticoagulantes está particularmente indicada.

A insuficiência venosa é uma condição clínica causada por alterações nas válvulas no interior das veias, que perdem a elasticidade com o tempo e não conseguem mais transportar o sangue da periferia de volta ao coração.

O sangue, portanto, permanece no declive dos membros inferiores, predispondo à formação de edema, dilatação capilar, descoloração e úlceras cutâneas, varizes com possibilidade de desenvolvimento de infecções cutâneo-subcutâneas e, nos casos mais graves, trombose venosa.

Essa patologia se deve a uma predisposição genética, que é agravada por fatores de risco adquiridos representados por todas as condições que levam à estase na circulação venosa e linfática, tais como:

  • sedentarismo
  • estar acima do peso
  • empregos que exigem ficar em pé por longos períodos de tempo
  • trombose venosa profunda anterior.

Contra-indicações para os novos anticoagulantes orais

Deve-se prestar atenção especial a condições específicas do paciente, como insuficiência renal e hepática, que requerem uma redução na dosagem do medicamento.

Outra contra-indicação ao uso de NOACs é a doença valvar.

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Fonte:

GSD

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