É realmente possível definir uma melhor proteção para os trabalhadores humanitários?

IRIN News, a revista de notícias global sobre operações humanitárias, publicou um artigo interessante durante o Dia Mundial da Humanidade, falando sobre a agressão e a morte de trabalhadores humanitários em todo o mundo.

Um problema que cresceu nos últimos 10 anos mais rapidamente do que qualquer solução que ONG pudesse aplicar.

Por volta das 7h de uma manhã de agosto de 2006, as portas do complexo da Ação Contra a Fome no Sri Lanka se abriram. Assustados, os 17 trabalhadores humanitários se enfileiraram contra uma parede. Se eles protestaram que estavam prestando assistência a todos os lados, independentemente da política, não fez diferença. Um por um, todos os 17 foram executados: tiro na cabeça. Muitos ainda usavam camisetas bordadas com o logotipo da ACF.

Em todo o mundo, os ataques a trabalhadores humanitários são um grande problema. Em 2004, houve 63 ataques que afetaram 125 pessoas. No ano passado, esses números quase triplicaram para 190 e 329, de acordo com o Aid Workers Security Database.

Veja o mapa interativo de ataques do IRIN

Processos dos responsáveis ​​são poucos e distantes entre si. Não existem estatísticas oficiais, mas todos os especialistas com quem o IRIN falou concordaram que o número de investigações sobre ataques de trabalhadores humanitários que resultam em condenação é insignificante.

Os assassinos dos 17 funcionários da Ação Contra a Fome (ACF) nunca viram seu dia no tribunal. Vários relatórios envolveram forças de segurança do governo, mas um inquérito oficial permanece aberto.

"Existe uma cultura de imunidade", disse Pauline Chetcuti, consultora de defesa humanitária da ACF. 

No ano passado, logo após o Dia Mundial Humanitário - comemorado anualmente em 19 de agosto - o Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou uma resolução condenando todos os ataques a trabalhadores humanitários e conclamando todas as partes a permitirem aos humanitários acesso total aos necessitados.

FONTE

 

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