Refugiados Rohingya estão chegando à Indonésia, mas com grande preocupação do ACNUR

A Agência da ONU para Refugiados está triste com a morte de três refugiados Rohingya que desembarcaram no norte de Aceh, na Indonésia, na semana passada. A situação, porém, é muito preocupante para todas as 293 pessoas que fogem.

Entre os que chegaram, já faleceram um rapaz e duas mulheres, todos com menos de 25 anos. A Agência das Nações Unidas para Refugiados também está profundamente preocupada com a saúde de muitos outros no grupo de 293 refugiados Rohingya, mais de um terço dos quais são identificados como necessitando de hospitalização e cuidados médicos.

O ACNUR preocupa-se com a saúde e assistência médica dos refugiados Rohingya na Indonésia

De acordo com o comunicado de imprensa oficial: “A esmagadora maioria do grupo (quatro em cada cinco) são mulheres e crianças e aproximadamente metade são raparigas com menos de 18 anos. Muitas crianças do grupo estão sem os pais e outras não estão acompanhadas por qualquer guardião. Ao menos um menino de 12 anos ficou sem cuidador durante a viagem quando seu pai morreu.

Mais de 30 pessoas morreram durante a viagem no mar, que começou em Cox's Bazar, Bangladesh, e durou sete meses. Os que sobreviveram estão em condições físicas frágeis e sofreram traumas graves.

Todos os recém-chegados voltaram testes rápidos negativos para COVID-19, mas sofrem de uma série de outras condições médicas que se acredita serem causadas por exposição, desnutrição e tudo o que suportaram no mar.

Tendo sido repetidamente rejeitado e recusado o desembarque na região, muitos estão apresentando sintomas consistentes com a doença do beribéri, uma condição evitável causada pela deficiência aguda de vitaminas.

Com espaço e recursos limitados disponíveis nas unidades de saúde locais, estamos trabalhando com autoridades locais em Lhokseumawe, Aceh, Bem como o Cruz Vermelha da Indonésia, a Organização Internacional para as Migrações (IOM) e outros parceiros. Estão sendo tomadas providências para estabelecer uma clínica médica no local “BLK” designado pelas autoridades indonésias para abrigo temporário.

Médicos Sem Fronteiras (MSF) enviou uma equipe de saúde de emergência para conduzir avaliações médicas e o ACNUR começou a distribuir comprimidos de B1 para o tratamento da deficiência de vitamina que causa sintomas consistentes com a doença do beribéri.

O pré-registro dos recém-chegados foi adiado até o final desta semana, para dar tempo ao atendimento médico.

ACNUR elogia o governo da Indonésia e a comunidade local em Aceh por receber o grupo e mobilizar apoio para atender rapidamente às suas necessidades básicas imediatas.

Este trágico episódio serve como um forte lembrete aos estados da região de que uma ação imediata para fornecer um porto seguro poderia ter salvado dezenas de vidas.

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