Ucrânia, Cruz Vermelha na linha de frente: 'Salvar os civis'

Achille Despres, porta-voz em Kiev do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) sobre civis na Ucrânia: 'Obrigação de respeitar o direito humanitário'

Achille Depres (CICV) sobre os direitos dos civis na Ucrânia

“Nesse conflito armado, os civis estão sofrendo muito; é por isso que a todas as partes no conflito, à Rússia e à Ucrânia, dizemos: 'Respeite o direito humanitário'”: fala Achille Despres, porta-voz em Kiev do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

A premissa é que a organização, com escritórios e programas em diferentes regiões do país, de Odessa a Poltava e Dnipro, de onde atinge áreas próximas à linha de frente cortando o Donbass, opera com base no princípio da neutralidade em qualquer situação.

“É essencial poder ajudar os necessitados, pessoas que estão esgotadas por dez meses de conflito e, muitas vezes, por oito anos, principalmente nas áreas de Donetsk e Lugansk”, diz Despres.

A referência é à ofensiva militar da Rússia que começou em fevereiro passado e depois a 2014, ano do início dos confrontos e bombardeios no leste do país e em particular no Donbass.

Em todas essas regiões, em ambos os lados do front, com guarnições também nas cidades russas de Donetsk e Lugansk, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha leva ajuda humanitária, começando com alimentos e remédios.

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Civis na Ucrânia: 'Nosso compromisso é estar o mais próximo possível das comunidades afetadas' destaca Despres

“Do escritório de Poltava, chegamos à cidade de Kupyansk, retomada há apenas alguns meses pelas forças ucranianas, e a segurança costuma ser um desafio para os agentes humanitários.

Isso foi confirmado algumas semanas atrás, quando um voluntário da Cruz Vermelha da Ucrânia, uma organização guarda-chuva local do CICR, foi morto em um atentado.

'Aconteceu na área de Kherson, retomada pelas forças ucranianas há algumas semanas', relata Despres: 'Ela estava ajudando em um centro de saúde.

Nos últimos dias, ataques e combates se concentraram nas áreas de Bakhmut e Soledar no Donbass.

O presidente russo, Vladimir Putin, havia anunciado uma trégua para o Natal ortodoxo, entre 6 e 7 de janeiro.

No entanto, sua proposta foi rejeitada pelo chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, que fez da retirada de todas as forças de Moscou para além das fronteiras internacionalmente reconhecidas do país uma pré-condição.

A TRÉGUA UMA QUESTÃO POLÍTICA

A trégua se confirmou como tema político.

O apelo de Despres, portanto, é antes de tudo um apelo ao respeito ao direito humanitário internacional.

'Uma obrigação legal e moral', enfatiza, citando as Convenções de Genebra e um princípio de humanidade para com os indefesos.

Segundo Despres, desde o início da ofensiva russa em 24 de fevereiro, o CICR forneceu alimentos a mais de um milhão de pessoas e ajudou cerca de dez milhões a garantir água potável.

Outro número, 170, é o número de centros de saúde e hospitais que receberam assistência médica equipamento, drogas ou geradores, essenciais para os apagões resultantes do bombardeio.

“Só assim”, sublinha Despres, “é possível continuar a cirurgia nas salas de operações”.

Segundo estimativas da ONU, houve pelo menos 17,994 vítimas civis de bombardeios e explosões na Ucrânia, das quais 6,919 foram mortas e 11,075 feridas.

O número de pessoas forçadas a deixar seu país, até dezembro passado, segundo a ONU, era de 7.8 milhões.

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fonte

Agência Dire

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