Surto de malária na RDC: e a campanha de controle lançada para salvar vidas e ajudar na resposta ao Ebola?

28 Novembro 2018 - 

Da Organização Mundial da Saúde chega o alarme de que os casos de malária atingiram o pico na República Democrática do Congo (RDC), onde os profissionais de saúde também estão lutando contra um surto de Ebola. Este é um problema que apresenta um alto risco para as pessoas em matéria de saúde e, em particular isto não está ajudando a destruir o surto de ebola

Em resposta, foi lançada hoje uma campanha de administração de drogas em massa (MDA) de quatro dias na cidade de Beni, na província de Kivu, no norte do país, com o objetivo de alcançar até pessoas da 450 000 com medicamentos antimaláricos combinadas com a distribuição de mosquitos tratados com inseticida redes.

Diretrizes para prevenir a malária

A campanha de controle da malária está sendo liderada pelo Programa Nacional de Controle da Malária da RDC, apoiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), UNICEF, Fundo Global e Iniciativa Presidente da Malária dos Estados Unidos (PMI). A campanha é modelada após a campanha implementada na Serra Leoa durante o surto de Ebola 2014 na África Ocidental, que foi fundamental na redução de doenças e mortes por malária nas áreas atingidas.

O Dr. Yokouide Allarangar, Representante da OMS na RDC, relata que controlar a propagação da malária é muito difícil em áreas como Kivu do Norte, especialmente onde há uma alta concentração de crianças. A campanha anti-malária deve ajudar a reduzir a pressão sobre o sistema de saúde, que atualmente se esforça para proteger as pessoas da contínua ameaça do Ebola na região.

O surto de malária na região norte de Kivu, enquanto a epidemia de ebola ainda estava em andamento. Verificou-se que até 50% das pessoas rastreadas nos centros de tratamento de Ebola apresentavam apenas malária. A campanha anti-malária tem dois objetivos principais.

 

  • A distribuição de redes mosquiteiras tratadas com inseticida impedirá a transmissão da malária e suas conseqüências para a saúde, salvando vidas.
  • A administração de medicamentos em massa tratará pessoas que já contraíram malária e reduzirá a transmissão da malária entre as populações afetadas pelo ebola e os centros de saúde. Ter menos pessoas com malária diminuirá a carga de trabalho nos já sobrecarregados centros de tratamento de Ebola.

Desafio da malária na RDC

De 2016-2017, a RDC observou um aumento estimado de mais de meio milhão de casos de malária (de 1 milhão a 1 milhão de casos), de acordo com o Relatório Mundial da Malária da OMS 2018. A RDC é o segundo país do mundo em casos de malária, depois Nigéria, respondendo por 11% dos 219 milhões de casos e 435 mil mortes por malária em 000.

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