Diabetes tipo 2: novos medicamentos para uma abordagem de tratamento personalizado

O diabetes mellitus tipo 2 é uma condição muito comum e crescente que tende a se desenvolver em pacientes adultos após a idade de 40-50 anos, mas também pode afetar pessoas mais jovens

Em contraste com o diabetes tipo 1, que é dependente de insulina, pois nesta forma o pâncreas não é mais capaz de produzir insulina (o hormônio que mantém os níveis de glicose no sangue baixos), no diabetes tipo 2 a insulina ainda está presente, mas seu mecanismo de ação fica comprometida.

No diabetes tipo 2, a insulina ainda está presente, mas seu mecanismo de ação está comprometido. Para tratar essa condição, é importante que o paciente seja submetido ao tratamento adequado, e nos últimos anos novos estudos clínicos têm contribuído para inovações significativas na prática clínica.

A American Diabetes Association (ADA) publicou recentemente os novos Standards of Care for 2020 (1), juntamente com um Consensus Report preparado em conjunto com a European Association for the Study of Diabetes (EASD) sobre o tratamento da hiperglicemia em pacientes com diabetes tipo 2 diabete (2).

A importância de novas diretrizes no tratamento do diabetes

Nos últimos anos, os resultados de ensaios clínicos de novos medicamentos anti-hiperglicêmicos forneceram evidências muito fortes de sua eficácia na melhora dos resultados cardiovasculares e renais em pacientes com diabetes.

Por esta razão, tanto as sociedades científicas internacionais e italianas mais importantes (ou seja, a Sociedade Italiana de Diabetologia e a Associação de Médicos em Diabetes) recomendam o uso desses medicamentos.

Podemos dizer, portanto, que essas novas diretrizes vão mudar a prática clínica nos próximos anos, tanto na prevenção primária quanto na secundária da doença cardiovascular em pacientes com diabetes.

Diabetes tipo 2, quais são esses novos medicamentos?

Eles pertencem a duas novas classes farmacológicas.

A primeira é a dos análogos do GLP-1 (Glucagon-like peptide-1), hormônio normalmente produzido pelas células intestinais em resposta a uma refeição, que promove a secreção de insulina e inibe a secreção de glucagon pelo pâncreas.

Além de melhorar o controle glicêmico, esses medicamentos também podem promover a perda de peso.

Eles também são administrados por via subcutânea uma vez por semana, o que os torna fáceis e convenientes para o paciente usar.

A segunda classe é a dos inibidores do cotransportador de sódio-glicose 2 (SGLT2), ou gliflozinas, que atuam em um receptor renal, promovendo a eliminação de açúcar na urina (a chamada glicosúria) e, assim, levando à redução da glicemia .

Essas drogas, no entanto, são tomadas por via oral.

Uma abordagem de tratamento personalizado para diabetes tipo 2

Graças a esses novos medicamentos, também podemos adequar nossa abordagem de tratamento às complicações cardiovasculares, que são a principal causa de mortalidade em pacientes com diabetes tipo 2.

De fato, o uso de análogos do GLP-1 é recomendado em pacientes com diabetes tipo 2 e doença aterosclerótica comprovada, como infarto do miocárdio prévio, angina instável, revascularização coronariana, mas também acidente vascular cerebral isquêmico ou vasculopatia dos vasos periféricos.

Já os inibidores de SGLT2 são recomendados em pacientes com insuficiência cardíaca, com e sem doença arterial coronariana aterosclerótica, e para prevenir a progressão da doença renal crônica.

Referências

(1) Associação Americana de Diabetes. Padrões de Cuidados Médicos em Diabetes-2020. Cuidados Diabéticos. 2020;43(supl 1):S1-S212

(2) Buse JB, Wexler DJ, Tsapas A, et al. Atualização de 2019 para: gerenciamento da hiperglicemia no diabetes tipo 2, 2018. Um relatório de consenso da American Diabetes Association (ADA) e da European Association for the Study of Diabetes (EASD). Cuidados Diabéticos. 2020;43:1-7.

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Fonte:

Humanitas

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