Amígdalas: quando fazer a cirurgia?

Amígdalas: quando devem ser removidas e quando é melhor seguir outras terapias? No passado, a cirurgia de amígdalas e adenoides era muito comum em crianças em idade pré-escolar e escolar, tanto que parecia quase uma transição obrigatória para a adolescência. Hoje, “orientações e boas práticas médicas” inspiram indicações médicas e cirúrgicas em relação à retirada de amígdalas e adenóides quando são causa de infecções recorrentes, mesmo em áreas limítrofes – seios paranasais e ouvido médio – ou se estão associadas ao sono distúrbios

Voz: a remoção das amígdalas pode mudar isso?

As tonsilas ocupam a área da orofaringe entre os pilares palatinos anterior e posterior.

A orofaringe contribui para a amplificação da voz, sendo a voz diferente dependendo se a região orofaríngea é ocupada ou não por tecido que modifica seu tamanho e volume, assim como acontece quando se fala em uma grande sala mobiliada ou não mobiliada.

O que muda, portanto, não são os “harmônicos” resultantes da vibração das cordas vocais, mas a amplificação geral da voz e sua percepção subjetiva, que resulta dos espaços aéreos acima, da faringe e dos seios paranasais.

Amígdalas e adenóides: sua função está relacionada?

As amígdalas e adenóides e a base da língua fazem parte do anel linfático de Waldeyer.

Na primeira infância eles complementam a atividade do sistema imunológico, protegendo-nos da infecção.

As adenóides, localizadas na nasofaringe – espaço aéreo atrás das fossas nasais – quando excessivamente grandes – hipertrofia de adenoides – podem causar obstrução respiratória; restringir a passagem regular de muco dos seios para as fossas nasais e depois para a faringe, resultando em rinossinusite; restringir a passagem regular de muco da orelha média para a faringe, resultando em otite média seromucosa; alteram o desenvolvimento palatino e a dentição correta.

No curso do crescimento, não apenas o espaço aéreo nasal e orofaríngeo se alarga, resultando em adenóides e amígdalas menos sobrecarregadas; o sistema imunológico também adquire competência autônoma e, via de regra, adenóides e amígdalas tornam-se funcionalmente involuídas e atrofiadas.

Portanto, se a história natural das adenóides e amígdalas está destinada à involução ao longo do tempo e a espera de fato altera uma indicação cirúrgica precipitada, muitas vezes nos encontramos tomando a decisão de operar em relação ao impacto na qualidade de vida da criança com infecções de repetição, tratamento antibiótico repetido, perda de dias letivos, sono noturno ruim e qualidade de vida durante as horas de jogo e aprendizado.

A qualidade do sono desempenha um papel crucial na recuperação da fadiga psicofísica diurna tanto na idade escolar quanto na idade adulta.

Adenóides e amígdalas hipertrofiadas podem estar envolvidas no desenvolvimento da síndrome da apnéia obstrutiva do sono.

A polissonografia certifica a presença, tipo e grau de apneia noturna, levando a possíveis indicações terapêuticas.

Placas na garganta: qual é a ligação com as amígdalas?

A aparência das amígdalas lembra a dos fiordes noruegueses, ou seja, a superfície não é regular, mas fraturada.

Na idade de atividade funcional, esse aspecto aumenta a área de superfície de ação da amígdala, mas também é o ninho ideal para a replicação bacteriana, o que é evidenciado pela presença de 'placas'.

Deve-se ter cuidado, no entanto, para não confundir placas com coleta aqui de resíduos de alimentos – casei ou tonsilólitos.

Neste caso, seria excessivo tratar com antibióticos um problema que, embora desconfortável, pode ser controlado melhorando a higiene da cavidade oral após as refeições.

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Fonte:

Humanitas

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