Aneurisma: o que é, sintomas, diagnóstico e tratamento

Um aneurisma é uma das doenças mais antigas já registradas pelo homem. Segundo o historiador médico Henry Sigerist, os antigos egípcios já a tratavam com práticas mágicas ou religiosas, embora nunca tenham cunhado um termo específico para identificá-la.

Podemos associar os tratamentos egípcios à patologia graças à descrição precisa dela no Papiro de Ebers (que data de cerca de 1550 aC), onde fala de uma lesão vascular a ser tratada por meio de um instrumento de ferro, previamente passado sobre o fogo.

Quanto aos primeiros tratamentos, porém, teremos que esperar pelo cirurgião grego Antillus (nascido e vivido no século II dC).

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Dilatação patológica permanente, o aneurisma se apresenta como uma protuberância na parede que – na maioria das vezes – afeta as artérias

A parede do vaso afetado por um aneurisma é enfraquecida a tal ponto que o abaulamento pode facilitar o rompimento e o sangramento abundante.

Entre os aneurismas mais perigosos estão aqueles que afetam as artérias do cérebro, uma das principais causas de derrame, ou a aorta, que pode causar hemorragias fatais em poucos minutos.

Também é importante saber que, mesmo que um aneurisma não se rompa, ele ainda pode impedir a circulação sanguínea adequada e estimular a formação de coágulos sanguíneos ou trombos.

O que é um aneurisma e como reconhecê-lo?

Um aneurisma é uma eversão (ou dilatação) que afeta a parede de um vaso sanguíneo, geralmente uma artéria; é formado devido a um enfraquecimento causado por trauma ou alteração patológica.

Os aneurismas são frequentemente causados ​​por um aumento crônico da pressão arterial, mas todas as outras patologias ou eventos traumáticos capazes de induzir um enfraquecimento da parede arterial também podem ser responsáveis ​​por sua ocorrência.

Alguns aneurismas da aorta podem ser atribuídos a patologias hereditárias como a síndrome de Marfan, uma alteração dos tecidos conjuntivos que ficam enfraquecidos, mas a idade também é uma das causas, pois – com o passar do tempo – as paredes dos vasos tornam-se menos elásticas e mais propensas à dilatação.

No que diz respeito aos aneurismas de natureza arterial (os mais comuns), apresentam-se como uma dilatação contínua e pulsátil do vaso, muitas vezes associada a etiologias degenerativas como arteriosclerose ou processos inflamatórios por doenças infecciosas e/ou vasculares.

As formas que afetam principalmente as artérias cerebrais são muitas vezes determinadas por uma fraqueza congênita ou hereditária da parede arterial (causada por um desenvolvimento menor da parede do vaso).

Infelizmente, os sintomas associados a esta condição são particularmente esparsos e inespecíficos e não permitem um diagnóstico imediato, que muitas vezes ocorre acidentalmente enquanto o paciente está sendo examinado para outras doenças.

Nos indivíduos mais infelizes, o diagnóstico é feito em simultâneo com a complicação mais grave de um aneurisma, nomeadamente a sua rotura.

Os doentes mais propensos a este risco, por causas hereditárias ou por maior suscetibilidade a aneurismas, devem fazer check-ups regulares e assim tomar as medidas preventivas necessárias.

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Aneurisma: as causas

As causas mais frequentes de formação de aneurismas são a aterosclerose e a hipertensão, mas existem muitos outros fatores responsáveis ​​pelo enfraquecimento da parede dos vasos sanguíneos que podem potencialmente contribuir para o surgimento da patologia.

Entre os fatores de risco mais importantes estão:

  • displasia fibromuscular
  • obesidade
  • diabetes
  • idade acima de 60 anos (mais frequente em homens)
  • alcoolismo
  • hipercolesterolemia
  • fumador
  • doença de obstrução pulmonar crônica

As principais causas de formação de aneurisma são:

Uma fraqueza congênita da tonaca muscular da parede arterial, incluindo:

  • destruição do componente elástico ou muscular da tonaca média
  • predisposição genética
  • produção de colágeno modificado, incapaz de tolerar pressão ou insultos degenerativos (síndrome de Marfan)
  • equilíbrio alterado entre as metaloproteases – ou seja, moléculas capazes de degradar os componentes da matriz extracelular (colágeno, elastina, proteoglicanos, laminina, etc.) – e seus inibidores.
  • Traumas sofridos pelo vaso sanguíneo (inserção de prótese, trauma torácico, lacerações pós-infarto, etc.).
  • Doenças vasculares, como aterosclerose, vasculite, sífilis ou outras infecções.
  • Doenças infecciosas, como sífilis em estágio avançado (normalmente a terceira), tuberculose que pode levar ao aneurisma de Rasmussen e infecções no cérebro que causam aneurismas intracranianos infecciosos.

tipos de aneurisma

Os vários tipos de aneurisma podem ser classificados de acordo com o local onde se localiza a patologia, e o vaso sanguíneo afetado pelo abaulamento e enfraquecimento.

Um aneurisma pode, portanto, ocorrer:

  • No coração: afeta a aorta, a principal artéria (aneurisma da aorta torácica ou abdominal), e assim envolve o grande vaso sanguíneo que transporta o sangue arterial, rico em oxigênio, do coração para os vasos periféricos.
  • No cérebro: afeta as artérias cerebrais (aneurisma cerebral) e consiste na dilatação circunscrita de uma artéria (ou veia) intracraniana
  • Nas artérias dos membros, afetando a perna ao nível do joelho (aneurisma da artéria poplítea)
  • Nas artérias viscerais, afetando o intestino (aneurisma da artéria mesentérica) ou o baço (aneurisma da artéria esplênica).

No que diz respeito à classificação anátomo-patológica, faz-se uma distinção:

  • Aneurisma verdadeiro: caracterizado pelo adelgaçamento da lâmina elástica da tonaca média, que constitui a parede do vaso e que pode estar alterada qualitativa ou quantitativamente.
  • Aneurisma composto: consiste em um aneurisma verdadeiro, que com o tempo rompe a adventícia, ou seja, a parte mais externa da parede do vaso
  • Falso aneurisma: todas as amígdalas do vaso sanguíneo são rompidas e a parede do aneurisma é formada pelo tecido circundante.

Com base na forma, é feita uma distinção:

  • Aneurismas saciformes: envolvem trechos curtos (5-20 cm), por parte da circunferência, muitas vezes ocupada por trombos.
  • Aneurismas do navicular: envolvem trajetos curtos, por toda a circunferência.
  • Aneurismas fusiformes: afetam longos trechos (até 20 cm) e se originam após uma dilatação progressiva, mas gradual, de toda a circunferência do vaso.
  • Aneurismas cilíndricos: acometem longos trechos, toda a circunferência do vaso.

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Os sintomas variam dependendo do local onde a patologia está localizada:

A) Aneurisma cerebral: os sintomas podem ocorrer se a protuberância empurrar uma estrutura encefálica

B) Íntegro: podem ocorrer sintomas no caso de um aneurisma íntegro, como

  • fadiga
  • dificuldade de percepção
  • perda de equilíbrio
  • afasia
  • visão dupla

C) Ruptura: no caso de ruptura de um vaso sanguíneo, podem ocorrer sintomas típicos de hemorragia subaracnóidea

  • forte dor de cabeça
  • cegueira
  • diplopia
  • pescoço dor ou rigidez
  • dor acima ou atrás dos olhos

D) Aneurisma da aorta abdominal (geralmente assintomático):

Intacto pode causar em casos raros

  • dor nas costas
  • isquemia dos membros inferiores

Parar:

  • A ruptura se manifesta com choque hipovolêmico grave que pode levar rapidamente à morte.

Aneurisma de Artéria Renal:

Intacto (facilita a formação de coágulos que obstruem parcial ou totalmente a própria artéria):

  • hipertensão arterial
  • dor no flanco
  • hematúria
  • náusea
  • vómitos
  • insuficiência renal aguda (casos graves)

Parar:

  • A ruptura manifesta-se por choque hipovolêmico grave que pode levar a infarto renal

Como o aneurisma é diagnosticado?

Um aneurisma não pode ser diagnosticado antecipadamente, a menos que se faça check-ups periódicos (principalmente nos casos mais propensos à possibilidade de ocorrência da doença), ou a menos que haja a descoberta fortuita de uma protuberância visível atribuível à patologia.

Além do exame objetivo e da história visando a busca de fatores de risco, testes diagnósticos úteis durante o curso clínico são

  • ultrassonografia transesofágica ou abdominal: permite visualizar o aneurisma e identificar a possível presença de trombose. Também permite verificar a evolução do aneurisma e verificar se ele pode levar a complicações.
  • Radiografia de abdome e tórax (aneurisma de aorta): evidencia grande sombra ao nível da lesão e possível compressão de estruturas adjacentes.
  • eletrocardiograma (em caso de envolvimento aórtico)
  • angiografia por ressonância magnética (angio-RM): destaca o distrito vascular em determinados locais
  • angiotomografia axial computadorizada (angio-TC, com meio de contraste): fornece informações sobre a extensão do aneurisma, a possibilidade de ruptura e a possível presença de trombos que obstruem ou impedem a circulação sanguínea normal.

O risco de ruptura pode ser avaliado com base no tamanho, calculado por meio de técnicas de ultrassonografia.

Aneurisma: os tratamentos mais eficazes

O tratamento depende principalmente do tipo, tamanho e localização do aneurisma.

A terapia medicamentosa envolve inicialmente a redução dos valores da pressão arterial por meio da administração de vasodilatadores ou betabloqueadores.

Se o aneurisma for pequeno e não houver sintomas, o médico pode recomendar exames regulares, para verificar a evolução e avaliar uma possível abordagem cirúrgica oportuna.

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Se a cirurgia for necessária, várias técnicas podem ser empregadas:

  • reparo tradicional (aberto): um aneurisma em uma área acessível, como no abdômen, pode ser removido cirurgicamente e o vaso reparado ou substituído por um enxerto artificial. O prognóstico costuma ser excelente;
  • abordagem cirúrgica extravascular (clipping): permite a intervenção cirúrgica no saco aneurismático para excluí-lo da circulação;
  • técnica endovascular (embolização endovascular): um microcateter (tubo muito fino que passa pelos vasos sanguíneos) é usado para chegar ao local do aneurisma para colocar um stent. O procedimento inicia uma reação de coagulação (autotrombização) que fortalecerá a parede do vaso sanguíneo alterado. Esta abordagem é considerada a mais segura, especialmente no caso de um aneurisma cerebral.

Aneurisma: como prevenir e efeitos na vida diária

O aneurisma é uma patologia muito difícil de identificar nos indivíduos acometidos, e muitas vezes esse momento coincide com o rompimento do vaso acometido e a internação hospitalar.

Para prevenir o aparecimento de um aneurisma, é uma boa ideia realizar verificações periódicas direcionadas, especialmente para aqueles indivíduos mais propensos ao aparecimento desta patologia por motivos congênitos ou devido a traumas.

Também deve ser lembrado que indivíduos obesos ou fumantes também estão entre os grupos de risco e, portanto, check-ups periódicos são fortemente recomendados.

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