Cirurgia Laparoscópica do Câncer Colorretal

O câncer colorretal é o terceiro tipo de câncer mais comum em todo o mundo, depois do câncer de pulmão e de mama

É importante ressaltar, porém, um fato positivo: graças ao diagnóstico precoce e à melhoria dos tratamentos, a taxa de cura do câncer colorretal é hoje elevada, em torno de 60% dos casos, e a mortalidade, nos últimos anos, caiu drasticamente.

O que é câncer colorretal e quão disseminado é

Por neoplasias colorretais entendemos todas as neoformações que resultam de uma proliferação anormal de células da membrana mucosa do intestino grosso que se estende desde a válvula ileocecal até o ânus.

Os sintomas

Às vezes, os sintomas e sinais típicos podem ser sutis, mas geralmente consistem em:

  • perda de sangue nas fezes
  • dor abdominal;
  • diminuição dos níveis de hemoglobina e ferro no sangue e/ou alterações na função intestinal.

Porém, algumas vezes o tumor pode se manifestar de forma mais aguda com quadro de obstrução intestinal verdadeira (vómitos e distensão abdominal).

Os doentes que já tenham antecedentes familiares de cancro colo-rectal ou que sofram de síndromes genéticas que determinem uma predisposição para o mesmo, merecem maior atenção e devem ser sujeitos a programas de prevenção mais precoces e mais rigorosos.

Tratamento de câncer colorretal

O tratamento do câncer colorretal é variável, dependendo do estágio do tumor no momento do diagnóstico: vai desde a cirurgia tradicional ou laparoscópica até sua combinação com quimioterapia ou radioterapia.

Durante a operação, o cirurgião removerá a parte afetada do trato intestinal, seja pela chamada 'hemicolectomia' - ou remoção cirúrgica de metade do cólon - direito ou esquerdo, ou pela ressecção do reto, anteriormente ou pela via abdominoperineal.

Concomitantemente à remoção do trato em que se localiza a neoplasia, decidir-se-á também a remoção das margens sãs e gânglios linfáticos associados de forma a restabelecer a funcionalidade e continuidade da ligação digestiva.

Às vezes, geralmente para tumores mais próximos do ânus, também é indicada a realização de uma ostomia, ou seja, um desvio do conteúdo intestinal para o exterior através de uma abertura no abdômen (na maioria dos casos temporária e atualmente apenas em uma porcentagem muito pequena de operações definitivo) a fim de alcançar a radicalidade oncológica completa.

Abordagem cirúrgica laparoscópica do câncer colorretal

Nas últimas décadas, a abordagem cirúrgica laparoscópica substituiu progressivamente a convencional.

Em comparação com a cirurgia tradicional, que envolve uma incisão abdominal de tamanho variável caso a caso, este método permite que a mesma operação seja realizada através de incisões de apenas alguns milímetros, feitas após 'inflar o abdômen' com gás especial, no qual uma câmera e os instrumentos cirúrgicos necessários para realizar a operação são inseridos.

Apesar da necessidade de treinamento adequado por parte do cirurgião, os benefícios para os pacientes são significativos: dados da literatura, bem como décadas de experiência clínica da equipe, têm demonstrado claro benefício tanto no tempo de internação quanto nas complicações pós-operatórias, com a mesmos resultados oncológicos.

A técnica laparoscópica, até o momento, é a abordagem preferencial, mas a decisão final deve ser sempre tomada de acordo com a equipe anestesista, pois certas patologias cardiológicas são uma contra-indicação absoluta.

Atualmente, das 200 ressecções colorretais realizadas anualmente pela equipe de Cirurgia Gastroenterológica, 80% são concluídas com sucesso por meio de uma abordagem laparoscópica minimamente invasiva.

Convalescença após laparoscopia

Se não ocorrerem complicações, a alta após a operação é esperada após 5 dias em média, seguida de um check-up ambulatorial cerca de 1 semana depois e outro após 1 mês.

Embora com alguma variabilidade ligada aos diferentes casos clínicos, a laparoscopia permite uma rápida recuperação das atividades diárias em casa, garantindo uma boa qualidade de vida durante o período de convalescença em casa e melhores tempos de recuperação no trabalho, em termos sociais e emocionais.

Protocolos ERAS para rápida recuperação pós-operatória

Os pacientes, antes e depois da cirurgia, seguem os protocolos ERAS (Enhanced Recovery After Surgery).

Estes são protocolos de gerenciamento perioperatório padronizados e internacionalmente reconhecidos que facilitam a recuperação rápida após cirurgias de grande porte e melhoram os resultados.

Este percurso de cuidados prevê o envolvimento ativo do doente através de determinadas medidas e expedientes que são adotados nas fases pré e pós-operatórias: neste sentido, depois de devidamente preparado para a cirurgia, o doente é também apoiado e acompanhado no pós-operatório. fase operatória pela equipa médica e por um conjunto de figuras profissionais diversificadas, mas especializadas em patologia colo-rectal, como enfermeiras navegadoras, fisioterapeutas, enfermeiras e nutricionistas.

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GSD

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