Deslocamentos: o que são?

O que são deslocamentos? Os ossos que compõem o esqueleto humano são unidos por articulações que, de acordo com seu grau de mobilidade, são classificadas em articulações fixas, articulações móveis e articulações semimóveis

As articulações móveis – para terem a mobilidade de que são dotadas – são circundadas e sustentadas por um sistema de ligamentos e pela cápsula articular, além de tendões e músculos.

Após um evento traumático – esse sistema que une as duas cabeças articuladas – entra em colapso total ou parcial.

O deslizamento entre as duas cabeças articulares é chamado de luxação

O termo médico 'luxação' - do latim 'luxus' = 'saiu do lugar', 'deslocado' - indica, na verdade, uma condição que ocorre quando, dentro de uma articulação, as cabeças articulares deixam seu assento habitual, sua posição fisiológica sem , porém, não havendo fratura óssea.

Uma luxação pode ser completa ou incompleta

Um deslocamento completo ocorre quando as superfícies das cabeças articulares lesionadas se movem para fora de seu assento a tal ponto que não podem mais se tocar; uma luxação incompleta ou subluxação ocorre quando algum contato permanece entre as superfícies articulares afetadas pelo evento traumático.

Em ambos os casos, as superfícies articulares deslocadas requerem intervenção externa para retornar ao seu lugar.

As luxações mais frequentes

Entre os casos mais frequentes de luxação estão as luxações do ombro, luxações do cotovelo, luxações do quadril, luxações dos dedos e luxações da patela.

Isso se deve à efetiva falta de sustentação que essas articulações – as mais móveis de todas – recebem do sistema muscular, que deve permitir à articulação o máximo de movimento possível para permitir atividades motoras normais.

Uma maior liberdade de movimento está, portanto, infelizmente associada a uma maior possibilidade de incorrer em lesões como luxações.

As causas de uma luxação

Dependendo do evento desencadeante, as luxações podem ser divididas em traumáticas, congênitas e patológicas.

Luxações traumáticas

Como o próprio termo 'traumático' sugere, todos os deslocamentos ocorridos devido a traumas pertencem a este grupo.

O trauma pode ocorrer geralmente durante a prática de um esporte – futebol, basquete, rúgbi, vôlei, esqui e ginástica em geral – ou em decorrência de um acidente – quedas de bicicleta, moto ou após acidentes automobilísticos -.

Nas luxações de tipo traumático, é possível reconhecer uma subdivisão adicional em luxações recentes e luxações recorrentes que recorrem como resultado de traumas cada vez mais leves.

Luxações congênitas

As luxações congênitas são geralmente causadas por malformações – congênitas, na verdade – das cabeças articulares; malformações que as crianças manifestam ao nascer ou na infância.

Entre as luxações congênitas mais comuns está a luxação do quadril.

Luxações patológicas ou degenerativas

As luxações patológicas são efeitos de outras patologias, cujos sintomas incluem relações articulares alteradas.

Luxação: sintomas

Uma articulação deslocada é geralmente caracterizada pela seguinte sintomatologia:

  • Deformidade visível da articulação envolvida
  • incapacidade de realizar o movimento normal da articulação
  • inchaço visível
  • Calor ao toque
  • Dor intensa repentina, intensificada à palpação
  • Abrasão ou pele com hematomas óbvios

Diagnóstico de luxação

Diagnosticar uma luxação é, de fato, bastante simples para qualquer clínico geral; é ainda mais fácil para o especialista relevante: o ortopedista.

A facilidade do diagnóstico se deve ao fato de que os danos causados ​​pela luxação na articulação são bastante evidentes até mesmo a olho nu.

Em qualquer caso, será necessário iniciar uma série de testes para ter uma visão o mais completa possível do quadro clínico do paciente com uma articulação luxada.

Raios-X e exames de ressonância magnética serão então solicitados para poder destacar a possível presença de complicações, como fraturas ósseas, lesões nervosas e lesões nos vasos sanguíneos.

Luxações: tratamento adequado e reabilitação

Após o evento que levou ao deslocamento de uma articulação, é bom intervir o mais rápido possível; em qualquer caso, nunca depois de 24/48 horas.

Esperar demais para procurar orientação médica pode complicar bastante o quadro clínico do paciente.

Pouco depois da luxação, inicia-se biologicamente o processo de cicatrização da lesão, o que pode levar a uma cicatrização inadequada, comprometendo muito mais seriamente as capacidades motoras e articulares da articulação luxada.

O médico que deve ser consultado nesses casos é o ortopedista, que poderá recolocar a cabeça articular deslocada em seu devido lugar sem comprometer ainda mais os tecidos circundantes.

A manobra de reinserção da cabeça articular pode ser bastante dolorosa, por isso só pode ser realizada após o paciente ter recebido uma dose suficiente de anestésico.

Uma vez que a luxação foi reduzida, a reabilitação restaurará o paciente à condição pré-traumática.

Dependendo da magnitude da lesão, um período inicial de repouso absoluto pode seguir no caso de lesões graves; ou, no caso de lesões mais leves, pode-se optar pela mobilização precoce da articulação imediatamente.

É possível que a mobilização precoce seja acompanhada, durante a atividade de reabilitação, por dores bastante intensas que, para serem controladas, requerem a administração de analgésicos orais ou infiltrativos.

Segue-se o período de reabilitação propriamente dito, para que o paciente recupere a mobilidade perdida trabalhando no fortalecimento do tônus ​​muscular.

Isso é feito por meio de uma série de exercícios direcionados para permitir que os músculos sustentem e segurem adequadamente a articulação que ainda está cicatrizando.

Luxações: podem ser evitadas?

Embora a maioria das luxações seja causada por um evento absolutamente imprevisível – como um trauma – existe uma forma de prevenir a luxação, ou pelo menos tentar evitá-la: chama-se 'fortalecimento muscular'.

Com uma atividade física constante voltada para o fortalecimento, o aparelho muscular apoiará o esqueleto de maneira ideal, acompanhando adequadamente todas as articulações em seus movimentos, mesmo as mais irregulares e imprevisíveis que levariam a um eventual deslocamento.

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