Diagnóstico e tratamento: o que é ecoendoscopia?

Ecoendoscopia é um método exploratório do trato digestivo que combina a imagem endoscópica obtida com sondas flexíveis e a visão de ultrassom produzida por um scanner de ultrassom miniaturizado colocado na ponta do instrumento

A ecoendoscopia foi introduzida no início da década de 1990 para estudar as paredes do trato digestivo ou órgãos adjacentes e estruturas anatômicas em detalhes, levando uma sonda de ultrassom dentro do corpo.

Ecoendoscopia: o que é?

Uma sonda de ultrassom com um scanner de ultrassom miniatura acoplado à ponta é inserida no corpo pela boca ou reto.

O scanner de ultrassom emite ultrassom em frequências muito altas, que pouco penetram nos tecidos, mas permite uma visão detalhada de tudo ao seu redor: as paredes do esôfago, estômago, duodeno e reto, assim como tudo imediatamente além dessas paredes.

A ecoendoscopia é, portanto, um método importante para estudar não só as doenças do aparelho digestivo, mas também as do tórax, vias biliares e pâncreas.

Para quais tipos de patologias a ecoendoscopia é usada para fins diagnósticos?

O principal uso do ultrassom endoscópico é o estadiamento de tumores malignos do trato digestivo ou órgãos adjacentes.

Além disso, permite a localização e visualização de lesões benignas da parede esofágica, gástrica, duodenal, intestinal ou biliopancreática.

Da mesma forma, o ecoendoscópio pode ser usado para dirimir dúvidas diagnósticas sobre estruturas localizadas próximas ao trato digestivo.

Nos casos em que a natureza das lesões precisa ser definida, pequenas amostras de tecido podem ser coletadas com uma agulha fina 'conduzida' pelo scanner de ultrassom em miniatura.

As células coletadas são então examinadas ao microscópio para se chegar a um diagnóstico preciso.

Como a agulha atua terapeuticamente?

As aplicações terapêuticas do método são voltadas para doenças benignas e malignas do sistema digestivo.

A agulha é passada através da parede do trato digestivo para alcançar as estruturas anatômicas adjacentes nas quais os medicamentos podem ser injetados.

Dessa forma, é possível prosseguir com o tratamento da dor crônica causada, por exemplo, pelo câncer de pâncreas ou pela pancreatite crônica: primeiro localiza-se a área responsável pela transmissão da dor (plexo celíaco), depois se penetra a agulha e se injetam medicamentos que bloquear ou destruir a transmissão nervosa.

Outras possíveis aplicações terapêuticas da ecoendoscopia?

Também é possível drenar lesões líquidas, como pseudocistos do pâncreas, para o estômago. Um procedimento que no passado só poderia ser realizado cirurgicamente.

Também está sendo explorada a possibilidade de descompressão de seções do trato digestivo ou biliar obstruídas por tumores inoperáveis ​​por meio de procedimento endoscópico.

Como a exploração é realizada?

Tecnicamente, não é diferente de um exame endoscópico normal. No entanto, o procedimento é mais longo e complexo e, portanto, requer sedação mais profunda.

Preparando o paciente para um exame de ultrassom endoscópico

No caso de uma endoscopia diagnóstica “alta”, o paciente deve estar em jejum. No caso de uma ecoendoscopia “baixa”, o intestino deve ser preparado com enemas e purgas.

O procedimento é rápido, variando de 10 minutos para a exploração do reto a meia hora para o estômago ou pâncreas.

Os últimos são explorados após a pré-medicação do paciente com anestesia local e sedação.

No caso da ecendoscopia terapêutica, que é mais longa e investigativa, deve ser fornecida cobertura com antibióticos se houver risco de infecção.

Após a exploração?

O paciente deve ser mantido em observação até que o efeito da sedação passe.

Quando o procedimento é terapêutico, o monitoramento deve ser continuado para garantir que não ocorram complicações.

É um procedimento arriscado?

O desconforto mais frequente, a sensação de vómitos durante o exame, é menor e eficazmente neutralizado pela anestesia local.

No caso de biópsia por agulha, também existe a possibilidade de complicações locais (sangramento ou infecção).

Mas esses são eventos muito raros.

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Fonte:

Humanitas

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