Espondilite anquilosante, quais são os sintomas?

By Cristiano antonino On 4 de março de 2023

A espondilite anquilosante é uma doença inflamatória crônica que afeta predominantemente a coluna vertebral nos níveis dorso-lombar e cervical e as articulações sacroilíacas

A inflamação das vértebras ('espondilite'), das quais a coluna é composta, leva à dor e à limitação funcional, que normalmente piora em repouso e melhora com exercícios para espondilite anquilosante.

Perguntamos ao reumatologista.

Espondilite anquilosante: os sintomas

Embora a dor nas costas (lombalgia) seja uma experiência absolutamente comum, os sintomas dos pacientes com espondilite anquilosante têm características recorrentes que podem orientar o diagnóstico.

De fato, a duração dos sintomas da espondilite anquilosante deve ser superior a três meses.

Além disso, a lombalgia tende a se acentuar em repouso e durante a noite com despertares noturnos devido à dor.

As características especiais também incluem o fato de que a dor lombar melhora com movimento e atividade física e que a pessoa se sente rígida e desajeitada ao acordar, com os sintomas melhorando após cerca de uma hora.

Espondilite anquilosante e incapacidade

Nas fases mais avançadas, o processo inflamatório pode subir pela coluna vertebral e atingir também a região dorsal e cervical, com tendência nas fases mais avançadas à anquilose vertebral, ou seja, formação de pontes ósseas que unem as duas cabeças articulares.

Nesse caso, há um comprometimento da curvatura normal da coluna.

Quase metade dos pacientes com espondilite anquilosante também apresenta envolvimento articular periférico.

Em particular, as articulações dos membros inferiores, como quadris, joelhos e tornozelos, podem ser afetadas; mais raramente os dos membros superiores (especialmente cotovelos e punhos). Nesse caso, as articulações ficam doloridas, quentes, inchadas, condições que impedem total ou parcialmente o movimento; nestes casos falamos de casos de espondilite anquilosante com alto grau de incapacidade.

Diagnóstico de espondilite anquilosante

O diagnóstico de espondilite anquilosante geralmente é feito com base no quadro clínico, exames laboratoriais e exames instrumentais.

Nos últimos anos, os tratamentos para espondilite anquilosante fizeram progressos significativos; hoje é possível desacelerar ou até mesmo parar os danos nas articulações.

Espondilite anquilosante, tratamento com medicamentos e fisioterapia

A terapia medicamentosa depende de AINEs (anti-inflamatórios não esteroidais) e, cada vez mais, de medicamentos biológicos ativos contra uma determinada molécula (TNFalfa).

Mas o tratamento da espondilite anquilosante também inclui fisioterapia A atividade física é, de fato, parte integrante do programa de tratamento.

Existem exercícios para espondilite anquilosante que, se realizados diariamente, ajudam a manter a postura correta, ajudam a melhorar a mobilidade articular e têm efeito analgésico.

Homens são mais afetados

A doença tende a começar em idade jovem (20-30 anos), sendo os homens particularmente afetados – 3 vezes mais afetados que as mulheres – e tende a ter uma evolução muito lenta.

Não é uma doença frequente, na verdade tende a afetar menos de 0.5% da população.

A causa é desconhecida, como em muitas doenças reumatológicas, embora se suponha que a contribuição de fatores genéticos (gene HLA-B27 e outros) e ambientais (infecções comuns) possam favorecer seu aparecimento.

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