O paciente é um neonato com prematuridade tardia: o que significa, o que implica

O neonato com prematuridade tardia é um paciente particularmente delicado, pois, como seus órgãos e sistemas ainda são imaturos, está exposto a diversas patologias perinatais

Recém-nascido com prematuridade tardia: aproximadamente 1 em cada 10 bebês prematuros nascem a cada ano em todo o mundo

Destes, 70% são definidos como 'pré-termo tardio' ou 'pré-termo tardio', ou seja, idade gestacional entre 34 e 36 semanas e 6 dias.

A cada vez mais frequente indicação obstétrica de parto antes de 39 semanas, tanto por motivos maternos quanto fetais (idade materna aumentada, corioamnionite, hipertensão arterial, diabetes, trombofilia, gestações múltiplas, alterações de fluxometria, defeito de crescimento intrauterino) fez com que essa categoria de bebês prematuros tem vindo a aumentar nos últimos anos.

O bebê prematuro tardio é um recém-nascido particularmente delicado

Embora esteja cardiorrespiratório estável no momento do parto na sala de parto na maioria dos casos, com peso de nascimento entre 2 kg e 2.5 kg, ele é mais vulnerável do que o nascido a termo, dada a maturação de órgãos e sistemas, o que o expõe a diversas patologias perinatais e maior risco de problemas de neurodesenvolvimento à distância.

As patologias perinatais a que os prematuros tardios estão mais frequentemente expostos são: sofrimento perinatal, defeito de termorregulação com tendência à hipotermia, hipoglicemia, problemas respiratórios, hiperbilirrubinemia, dificuldades de alimentação, infecções.

O maior risco de neurodesenvolvimento em relação ao parto a termo, que também pode levar a desfechos distantes, deve-se à falha em completar o desenvolvimento do sistema nervoso in utero, que ocorre nas últimas semanas de gestação: na verdade, o volume cerebral quase dobra em últimas seis semanas.

Os bebês nascidos com prematuridade tardia podem, de fato, apresentar lesões típicas pós-natais precoces na ressonância magnética nuclear do cérebro, como a chamada leucomalácia periventricular 'puntiforme' ou 'pontilhada', ou seja, alterações na substância branca.

Além disso, crianças dessa categoria podem desenvolver todos os tipos de lesões cerebrais, desde aquelas mais características de idades gestacionais mais baixas, como hemorragias intraventriculares, até aquelas mais características de nascidos a termo, como acidente vascular cerebral.

Resultados neurológicos distantes durante o desenvolvimento podem apresentar quadros leves, como dificuldades de aprendizagem, distúrbios comportamentais e distúrbios emocionais, e quadros graves, como paralisia cerebral infantil e retardo mental.

Por isso, os prematuros tardios devem ser acompanhados com atenção especial, tanto após o nascimento, durante a internação, quanto após a alta e nas diversas fases de crescimento.

É necessário acompanhamento especializado, dedicado e multidisciplinar do recém-nascido prematuro tardio

Em lactentes com idade gestacional < 35 semanas, o alojamento conjunto só é recomendado se o lactente demonstrar estabilidade da temperatura corporal, glicemia e capacidade adequada de se alimentar no peito da mãe ou com mamadeira.

A triagem glicêmica e de bilirrubina deve ser realizada.

A alta precoce, ou seja, dentro de 48 h, não é indicada.

Antes da alta, deve-se verificar a estabilidade total dos parâmetros cardiorrespiratórios por pelo menos 24 horas e a criança deve estar metabolicamente estável (glicemia, bilirrubina).

Ele deve ser capaz de se alimentar de forma independente e manter uma temperatura corporal adequada (temperatura axilar entre 36.5 e 37.4 °C).

A perda de peso não deve exceder 7% do peso ao nascer; ingestão calórica entre 100 e 130 Kcal/dia e crescimento de pelo menos 20 g por dia.

A mãe deve ser estimulada a amamentar o bebê; na ausência de leite materno, deve ser alimentado com leite tipo 0 até o peso de 2500 g.

Antes da alta, o lactente deve ser avaliado pelo fisioterapeuta, que fornece à família indicações para facilitação motora, postural e de cuidados, úteis para a promoção do neurodesenvolvimento.

Se necessário, a reabilitação motora, prescrita pelo mesmo fisioterapeuta, deve ser iniciada durante a internação e depois continuada localmente.

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Prevenção de infecções no recém-nascido com prematuridade tardia

Profilaxia com Palivizumab (anticorpo monoclonal) para infecção pelo vírus sincicial respiratório (VRS): A bronquiolite e pneumonia pelo Vírus Sincicial Respiratório (VRS) são a principal causa de hospitalização em menores de um ano de idade.

Essa infecção é ainda mais grave em prematuros, quanto menor a idade gestacional. A VRS é sazonal e altamente contagiosa.

A epidemia pode começar em outubro-novembro e continuar até abril, com pico em fevereiro.

A transmissão ocorre pelas mãos contaminadas e pelo ar. Uma vez que a infecção passou, a imunidade não é permanente.

Lactentes entre 32 e 35 semanas de idade gestacional e menores de 6 meses no momento do início da epidemia sazonal de VRS, se houver fatores de risco socioambientais e demográficos, devem receber profilaxia com Palivizumab, um anticorpo monoclonal dirigido contra VRS.

Os fatores de risco incluem: idade da criança no início da temporada epidêmica, irmãos mais velhos/multidão, exposição à fumaça do tabaco, exposição a poluentes do ar, desnutrição.

A dose recomendada é de 15 mg/kg intramuscular, uma vez por mês durante o período epidêmico por até 5 administrações.

Vacinação: existem muitos déficits temporários do sistema imunológico ligados ao parto prematuro.

Por isso, esses lactentes devem ser vacinados de acordo com sua idade cronológica ou assim que as condições clínicas o permitirem.

Devem seguir o calendário de vacinação fornecido pelo Sistema Único de Saúde.

A proteção indireta por meio da atualização (recuperação) da imunidade vacinal da comitiva familiar também é crucial;

Medidas ambientais: quando esses bebês chegam em casa, é muito importante que a família respeite a higiene pessoal e lave bem as mãos.

Além disso, a própria mãe deve ser incentivada a amamentar seu filho pelo maior tempo possível.

Evitar o tabagismo passivo é indispensável.

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Fonte:

bebê Jesus

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