
Saúde física e mental: o que são problemas relacionados ao estresse?
O estresse, principalmente quando prolongado no tempo, pode levar a muitos problemas de saúde, dos mais simples aos mais graves, pois altera o sistema imunológico: doenças de pele, boca seca e lapsos de memória e, nos casos mais graves, até problemas cardíacos
QUE PROBLEMAS DE SAÚDE O STRESS PODE CAUSAR?
SALIVAÇÃO REDUZIDA
As pessoas muito estressadas não só não se lembram de beber, porque estão totalmente absortas em seu trabalho no computador, como também costumam ter uma sensação de boca seca, principalmente pela manhã.
A atividade das glândulas salivares também é regulada pelo sistema nervoso autônomo.
As membranas mucosas orais secas sinalizam uma hiperatividade do sistema simpático, que predomina sobre o sistema vagal (que, em vez disso, está associado ao relaxamento).
DOENÇAS DE PELE
Não só existe a 'acne de estresse', ligada a alterações hormonais desencadeadas pela ansiedade, como também a psoríase, por exemplo, se agrava em períodos de alta tensão, ao passo que melhora visivelmente nas férias de verão.
Como outras doenças inflamatórias da pele, é afetada por distúrbios imunológicos induzidos pelo estresse; o estresse também está associado ao controle imunológico alterado.
LAPSOS DE MEMÓRIA
Esquecer as chaves ou onde estacionou o carro, bocejar durante uma reunião, demonstrar dificuldade em prestar atenção indicam que atingiu um nível de saturação tal que não consegue mais 'acompanhar tudo', típico de pessoas multitarefas que têm um vida ocupada.
Essas lacunas de memória se devem ao fato de que, sob estresse, o lobo frontal do cérebro, localizado à frente do córtex, funciona de maneira diferente: bombardeado por tantos estímulos, acaba 'selecionando' coisas para lembrar.
SE PROLONGADO, O ESTRESSE PODE CAUSAR UM ATAQUE CARDÍACO
Estados prolongados de tensão e agitação estão associados, por inúmeros estudos, a um risco aumentado de acidentes cardiovasculares, especialmente em pessoas geneticamente predispostas e/ou com um estilo de vida pouco saudável.
Isto porque o stress provoca uma alteração no sistema nervoso autónomo, sistema que controla o funcionamento dos nossos órgãos, nomeadamente o coração e a pressão arterial, levando a um aumento da própria pressão arterial, que pode levar à hipertensão (em indivíduos predispostos com outros fatores de risco, como sedentarismo e tabagismo), muitas vezes não tratada porque não é tratada adequadamente. que muitas vezes não é tratada adequadamente por ser assintomática.
Atuando também neste sistema, o estresse promove palpitações e taquicardias, arritmias, angina pectoris, cardiopatia isquêmica (incluindo Tia, Ataque Isquêmico Transitório), infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.
O STRESS PODE SER MEDIDO?
Do ponto de vista fisiológico, é muito difícil realmente ter uma medida de estresse em um nível individual.
Técnicas como a medição de certos hormônios como o cortisol podem fornecer informações úteis.
Por outro lado, técnicas que nos possam dar informação sobre o sistema nervoso autónomo podem ser úteis para verificar os efeitos do stress e observar melhorias induzidas por técnicas de gestão do stress como relaxamento, Mindfulness ou adoção de um estilo de vida mais ativo.
Estas técnicas (Teste neurofisiológico para o estudo do sistema nervoso autónomo) são muito simples e podem dar informações úteis sobre o funcionamento do sistema nervoso autónomo como um todo, obviamente também considerando as características e patologias da pessoa.
NOTÍCIAS FALSAS SOBRE ESTRESSE
Sob estresse você sempre perde peso
FALSO. O cortisol, o hormônio do estresse, causa picos de açúcar no sangue e aumenta a gliconeogênese do fígado (ou seja, a produção de glicose).
Isso leva à hiperinsulinemia, com aumento do apetite e aumento do armazenamento de gordura como reserva energética.
Por outro lado, aumenta o catabolismo de proteínas.
Resultado? Mais 'flacidez' e menos massa muscular. Além disso, o cortisol causa inchaço devido à retenção de água.
Também não deve ser esquecido que, em condições estressantes, muitas pessoas comem mais ou comem de maneira diferente, preferindo carboidratos e gorduras.
Algumas pessoas, por outro lado, podem comer menos, perdendo peso e, infelizmente, muitas vezes também músculos, prejudicando o corpo.
Estresse ocupacional não é culpa de ninguém
FALSO. Implementando a legislação europeia desde janeiro de 2011, também é obrigatório na Itália que as empresas façam uma avaliação do chamado estresse relacionado ao trabalho.
O foco está nos riscos à saúde, sintomas emergentes e problemas psicológicos angústia manifestado pelo empregado.
(Associação Nacional de Instrutores de Segurança Ocupacional: 800.58.92.56).
No entanto, é importante lembrar que fatores de estresse 'pessoais' também podem reduzir o desempenho no trabalho.
Torna-se assim importante, sobretudo quando não é possível eliminar a causa do stress, trabalhar para que a pessoa tenha todos os recursos necessários para conseguir gerir o stress
Camomila ajuda a dormir
FALSO. Algumas plantas, como valeriana, flor de maracujá, erva-cidreira, possuem algumas propriedades hipnoindutoras que são mais pronunciadas do que a camomila.
No entanto, deve-se dizer que, no caso de problemas reais para adormecer, é sempre melhor pedir a um especialista em sono um conselho eficaz com base em documentação científica.
Assistir TV na cama melhora o sono
FALSO. A TV e todos os aparelhos digitais devem ficar de fora do quarto, que é o cômodo criado para dormir.
A luz azul emitida pelas telas de TV e aparelhos digitais, de fato, inibe a produção de melatonina.
Ou seja, o hormônio que ajuda a adormecer.
Além disso, manter a atenção alta para usá-los requer a ativação do sistema nervoso autônomo, que pode neutralizar o adormecimento.
Estresse afeta o sistema imunológico
VERDADE. Existem muitas evidências científicas mostrando que o estresse também é capaz de alterar as respostas imunes de uma forma muito complexa.
De fato, durante períodos de estresse crônico pode ser mais fácil contrair certas doenças infecciosas (sugerindo uma resposta imune reduzida), do que ter manifestações de doenças do tipo autoimune em indivíduos predispostos (sugerindo uma resposta aumentada).
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