Triquinose: o que é, sintomas, tratamento e como prevenir a infestação por Trichinella

A triquinose é uma infestação causada por espécies de lombrigas pertencentes ao gênero Trichinella

Esses parasitas são capazes de infectar mamíferos, aves e répteis; a propagação em humanos está principalmente ligada ao consumo de carne proveniente do abate de animais silvestres infectados, principalmente javalis.

O que é Trichinella?

O gênero Trichinella consiste em vermes nematóides redondos.

As larvas têm cerca de 1 mm de comprimento e após serem ingeridas do estômago migram para o intestino delgado, de onde se fixam no epitélio intestinal onde se desenvolvem até a fase adulta.

Ao atingir a maturidade sexual, por volta do quarto dia após a infecção, a fêmea previamente fecundada produz novas larvas que podem migrar para os músculos do hospedeiro via circulação linfática.

Dentro dos músculos estriados, ocorre uma nova transformação do parasita, fazendo com que as larvas se transformem em células nutridoras: dessa forma, a Trichinella pode sobreviver até anos, até ser ingerida por um novo hospedeiro.

Triquinelose, como ocorre o contágio?

A espécie de Trichinella mais patogênica para o homem é a Trichinella spiralis, que também está adaptada para viver em porcos domésticos e selvagens; sua propagação é global.

Native Trichinella e Trichinella britovi também estão presentes na Europa, mas raramente infectam porcos.

O contágio humano ocorre quando a carne que contém células nutritivas é consumida, pois é proveniente de um animal previamente infectado com Trichinella.

Quais são os sintomas?

Muitas infestações por Trichinella são leves ou mesmo assintomáticas, no entanto, sintomas como náusea, dor abdominal e diarreia podem aparecer na primeira semana.

A diarreia está presente em cerca de 40% dos infectados.

O período de incubação é de aproximadamente 8-15 dias, mas pode variar de 5 a 45 dias.

O quadro clínico pode tornar-se mais complexo entre 1 a 2 semanas após o encontro com o patógeno: edema facial, mialgia, febre, dores de cabeça podem aparecer.

Complicações graves a infecção pode evoluir para manifestações clínicas mais graves, a nível pulmonar, cardiovascular e neurológico: podem surgir arritmias, miocardites, encefalites, convulsões, pneumonia e pleurisia.

Diagnóstico de triquinose

Não existem testes laboratoriais específicos para a triquinose.

Os anticorpos podem ser testados, mas são indetectáveis ​​nas primeiras 2-8 semanas após a infecção: isso pode ser resolvido repetindo os testes negativos em intervalos semanais.

O aparecimento de resultados negativos e depois positivos pode sugerir a presença de triquinose.

Os exames de sangue podem ser muito importantes, pois podem destacar a presença de altos níveis de eosinófilos glóbulos brancos, que são aumentados em casos de triquinose.

O diagnóstico pode ser feito estudando os sintomas do paciente; um caso de triquinelose pode ser definido pela presença de pelo menos três dos seguintes sintomas:

  • Febre
  • Dor muscular
  • Diarreia
  • edema facial
  • Eosinofilia (aumento de glóbulos brancos eosinofílicos no sangue)
  • Hemorragia subconjuntival
  • Relação epidemiológica comprovada, ou seja, ter comido carne de espécies potencialmente infectadas

Tratamento da triquinose

O tratamento baseia-se na administração de anti-helmínticos: a ação dos medicamentos, porém, só é possível enquanto a infecção estiver na fase intestinal; uma vez que as larvas estão encistadas nos músculos, é impossível erradicá-las completamente com o tratamento medicamentoso.

Os sintomas associados à presença de larvas nos músculos podem permanecer mesmo após o término da terapia anti-helmíntica.

A droga mais comumente usada é o albendazol: ele funciona bloqueando certos processos biológicos vitais para o parasita, como o fornecimento de glicose, que, se bloqueado, leva à morte da triquina.

Paralelamente ao tratamento com medicamentos antiparasitários, o médico pode prescrever uma terapia de suporte baseada no tratamento dos sintomas; em particular, analgésicos podem ser administrados para aliviar a dor muscular.

Para as manifestações relacionadas à inflamação aguda desencadeada pela infecção, administra-se a prednisona, um potente anti-inflamatório.

A prednisona também tem a função de interromper os sintomas cardíacos, neurológicos e pulmonares relacionados ao estado inflamatório.

Prevenção da triquinose

A prevenção da triquinose é muito importante e pode ser feita evitando comer carne de porco crua ou mal cozida.

Uma temperatura de 65 °C mata o parasita, por isso também deve ser atingido dentro da carne.

A caça deve ser inspecionada por um veterinário antes do consumo ou testada para triquinas antes do animal ser abatido.

Se não se sabe se a carne foi testada para triquinas, deve ser congelada durante pelo menos 1 mês a -15°C: o congelamento prolongado mata as larvas.

Salgar, defumar, cozinhar em forno de micro-ondas e secar a carne são procedimentos que não matam as larvas e, portanto, devem ser evitados para fins de prevenção.

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