África, o Instituto Pasteur em Dakar está pronto para produzir uma vacina 'feita no Senegal' em 2022
Senegal, a produção de uma vacina Covid é iminente: até o final do próximo ano, a farmacêutica belga Univercells vai transferir suas tecnologias para começar a produzir os soros localmente
O Senegal pode começar a produzir suas próprias vacinas Covid-19 até o final do próximo ano, por meio de um acordo com a empresa farmacêutica belga Univercells
Isto foi noticiado pelo jornal senegalês Le Quotidien, que citou uma fonte que participou dos trabalhos que levaram ao acordo, segundo a agência de notícias Reuters.
Em abril, disse a fonte, a empresa belga assinou uma declaração de intenções com o Instituto Pasteur da capital Dacar.
O acordo envolveria a Univercells a partilha da tecnologia necessária para a produção dos soros, com vista a tornar o instituto senegalês um centro de produção de vacinas para distribuição em toda a África Ocidental.
Inicialmente, a Univercells, start-up com sede em Gosselies, no sul do país, vai embalar e distribuir as vacinas produzidas na Bélgica.
No entanto, até o final de 2022, a empresa deverá transferir toda a sua capacidade de produção para Dakar, capital do Senegal, para iniciar a produção real lá
Até o momento, a empresa europeia, que também desenvolve sua própria vacina em colaboração com a italiana ReiThera, possui a tecnologia necessária para produzir os chamados soros de vetores virais, como os desenvolvidos pela Johnson & Johnson, AstraZeneca e o Instituto Russo Gamaleya.
Já o Instituto Pasteur é a única unidade da África a produzir um soro, autorizado para uso emergencial pela Organização Mundial da Saúde (OMS), contra a febre amarela.
O centro senegalês pretende produzir 300 milhões de doses até ao final de 2022.
Segundo pesquisa financiada pelo governo britânico a pedido do Instituto Pasteur, o custo total dessa operação seria de cerca de 200 milhões de dólares.