Crise migratória, inundações e epidemias colocam Acre (Brasil) em estado de emergência

No Brasil, uma série de acontecimentos recentes tem levado o estado do Acre a enfrentar uma situação sem precedentes.

Desde o início de 2021, o número de casos de dengue explodiu na região, que já tem mais de 8,600 casos suspeitos.

Na última semana, as chuvas fizeram com que rios e riachos transbordassem, desalojando famílias em mais de 10 cidades.

Somado a isso, a segunda onda de Covid-19 afetou o estado, que sofre com a falta de leitos de UTI, e uma inesperada crise humanitária envolvendo centenas de imigrantes agrava o cenário.

O governador do Acre (Brasil), Gladson Cameli, decretou situação de emergência e instalou um gabinete provisório de crise para administrar a situação

Entre as medidas que o governo federal anunciou para mitigar as enchentes está a liberação de R $ 450 milhões para diversos municípios.

O Ministério da Justiça, por outro lado, autorizou o uso da Força de Segurança Nacional no estado, em “atividades excepcionais e temporárias de bloqueio de entrada de estrangeiros no país”.

O presidente Jair Bolsonaro disse que pretende ir a Rio Branco, capital do Acre, na próxima quarta-feira (24).

Os imigrantes que tentam entrar no Peru, cujas fronteiras estão fechadas por causa da pandemia, aumentam as tensões na cidade de Assis Brasil.

No momento, mais de 400 imigrantes, a maioria haitianos, estão em abrigos ou acampados nas ruas.

A possibilidade de aumentar esse fluxo migratório é preocupante, uma vez que a cidade não tem capacidade para atender tanta gente e a aglomeração aumenta ainda mais o risco de contaminação por coronavírus.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesacre), o Acre tem 54,743 covid-19 infectados e 957 óbitos. A taxa de ocupação de leitos na UTI subiu para 91% e está concentrada nas duas maiores cidades, Rio Branco e Cruzeiro do Sul.

Assis Brasil lidera o ranking de taxa de contaminação de cobiça no estado, com 1,375 casos por 10,000 habitantes.

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O Acre já tem quase 130,000 mil pessoas afetadas de alguma forma pela enchente de rios na capital e no interior do estado. Os moradores afetados pelas enchentes foram levados para abrigos instalados em escolas, igrejas, ginásios, quadras poliesportivas e barcos.

As inundações aumentam ainda mais o risco de dengue.

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Fonte:

Bianca Oliveira - Agenzia Dire

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