Novo Pacto de Imigração e Busca e Resgate da UE Preocupa-se com Implicações Humanitárias

Preocupações sobre as implicações humanitárias do novo acordo

Introdução e Contexto do Novo Pacto de Imigração da UE

O novo Pacto de Imigração e Asilo da União Europeia, recentemente acordado, levantou críticas e preocupações relativamente à sua implicações potenciais para os direitos dos migrantes, requerentes de asilo e refugiados. Apesar da retórica triunfante em torno do anúncio destas reformas, a Human Rights Watch descreveu o pacto como um desastre para os migrantes e requerentes de asilo. Estas reformas, centradas na dissuasão, foram criticadas por serem ineficazes e abusivas, complicando ainda mais um sistema já complexo e cruel.

Detalhes e mecanismos controversos do novo pacto

As alterações propostas no pacto incluem a introdução de procedimentos fronteiriços acelerados para aqueles que se considera terem poucas possibilidades de obter asilo. Isto poderia implicar a detenção e o início de procedimentos de asilo de qualidade inferior que privam os indivíduos de salvaguardas fundamentais, como assistência jurídica, e também envolver a recolha de impressões digitais de crianças a partir dos seis anos de idade. O pacote inclui um “regulação de crise”Isso permitiria aos estados da UE derrogar as obrigações fundamentais em matéria de direitos humanos, avançando no sentido da legalização da negação do direito ao asilo.

Impacto na busca e salvamento no mar e nas responsabilidades dos Estados-Membros

O novo Pacto de Imigração e Asilo da UE levanta preocupações significativas em matéria de busca e resgate no mar no Mediterrâneo. De acordo com Agência dos Direitos Fundamentais da Comissão Europeia, as capacidades de busca e salvamento no Mediterrâneo são limitadas, com apenas 13 dos 21 navios e aeronaves de ONG operacionais. As ações legais e administrativas interferem frequentemente no trabalho das ONG, limitando ainda mais as suas capacidades de resgate. Isto poderá ter graves consequências humanitárias, especialmente para aqueles que vivem em angústia no mar.

Críticas e Desafios Futuros

O novo pacto, juntamente com os esforços da UE para transferir a responsabilidade para os países vizinhos como a Líbia, a Tunísia, a Turquia e o Egipto, assinala uma viragem preocupante em relação aos direitos humanos, à busca e salvamento no mar e aos direitos das pessoas em movimento, contradizendo os valores fundamentais da UE. A reação de organizações como Human Rights Watch sugere que, em vez de abordar a gestão muitas vezes deficiente da imigração irregular por parte da UE, o pacto pode piorar a situação, levando os Estados-Membros da UE a recusarem a realocação de pessoas e a investirem em vedações fronteiriças, arame farpado e vigilância, em vez de medidas humanitárias.

Fontes

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