Pneumonia por Pneumocystis carinii: quadro clínico e diagnóstico

Pneumonia por Pneumocystis carinii, características gerais: na primeira década da epidemia de AIDS, a pneumonia por Pneumocystis carinii (PCP) foi a mais frequente das principais infecções oportunistas, afetando cerca de 80% dos pacientes com imunodeficiência grave relacionada ao HIV

O número de casos de PCP diminuiu durante a década de 1990, inicialmente como resultado do uso de profilaxia primária em pacientes de alto risco (ou seja, CD4).

Pneumocystis carinii (PC) é um microrganismo de aproximadamente 1.5-5 mícrons de tamanho

Foi originalmente classificado como um protozoário com base em suas características morfológicas e sensibilidade às drogas antiprotozoárias; no entanto, estudos genéticos mais recentes sugerem que o PC pertence ao gênero fúngico.

É onipresente na natureza, embora possa haver diferenças em sua distribuição geográfica.

A infecção se estabelece quando o patógeno atinge os alvéolos pulmonares, onde se replica como parasita extracelular (não invade células ou tecidos).

O acometimento do interstício pulmonar leva à redução das trocas gasosas, resultando em redução da disponibilidade de oxigênio para o organismo.

Quadro clínico e diagnóstico de pneumonia por Pneumocystis carinii

O início típico dos sintomas é febre, tosse não produtiva e dispneia (dificuldade em respirar); taquicardia, taquipneia e às vezes cianose (coloração arroxeada da pele e das mucosas, causada por deficiência de oxigênio, e geralmente mais evidente nos lábios e leito subungueal) também costumam estar presentes.

Uma radiografia de tórax mostra um quadro típico de pneumonia intersticial ou alvéolo-intersticial; A hemogasanálise geralmente mostra uma redução na oxigenação do sangue arterial.

Esses parâmetros (quadro clínico, radiografia e oxigenação reduzida do sangue) permitem, em um paciente HIV positivo com CD4, o diagnóstico presuntivo de PCP (ou seja, sem demonstração direta do patógeno).

O diagnóstico de certeza é feito pela detecção direta de PCP no escarro induzido (ou seja, coletado após areosol com solução salina por 5-10 minutos), com sensibilidade diagnóstica de 30-90%, ou no lavado broncoalveolar após broncoscopia, que é diagnóstico em 98-100% dos casos; o diagnóstico também pode ser feito por exame histológico de biópsia pulmonar transbrônquica (sensibilidade diagnóstica de 90-95%).

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