Obesidade e cirurgia bariátrica: o que você precisa saber

A obesidade é uma doença crônica, grave e debilitante. O excesso de peso corporal causa mudanças físicas e psicológicas significativas e, muitas vezes, afeta significativamente a vida das pessoas afetadas

A energia e o desejo de se movimentar diminuem a cada quilo que é adicionado ao corpo, o que também se deve à dificuldade em realizar os movimentos.

E assim, até mesmo um passeio ou brincar com os filhos pode se tornar difícil devido à sudorese significativa, falta de ar e dor.

E isso não é tudo: como vários estudos demonstraram, está intimamente ligado a doenças como diabetes, doenças cardíacas, hipertensão e câncer.

A boa notícia, porém, é que a obesidade também pode ser tratada com cirurgia bariátrica.

O importante é contar com centros com sólida experiência e conhecimento específico na área.

Os riscos da obesidade

A obesidade não é apenas uma doença em si, como agora se reconhece, mas por sua vez pode promover o aparecimento de outras doenças.

O excesso de peso sobrecarrega as articulações e coluna espinal, levando a grandes doenças do sistema osteo-articular a longo prazo.

Além disso, afeta o sono, levando à chamada 'síndrome da apnéia obstrutiva do sono', caracterizada por numerosos microdespertares dos quais não se sabe, mas que levam a uma fadiga significativa assim que se acorda pela manhã.

Como resultado da obesidade, também se desenvolvem doenças metabólicas graves que facilmente se tornam crônicas e são difíceis de resolver com terapia médica

Hipertensão, doenças cardiovasculares e diabetes mellitus são apenas algumas das doenças mais importantes que são favorecidas e agravadas pela obesidade.

Por fim, quem sofre de obesidade mórbida tem maior risco de desenvolver neoplasias (cólon, mama), refluxo gastroesofágico (associado a 30% dos pacientes), urológica, dermatológica e psiquiátrico problemas.

Quando dietas e medicamentos não são suficientes: cirurgia bariátrica

A cirurgia bariátrica ou cirurgia da obesidade oferece agora a possibilidade de redução de peso em pacientes com obesidade mórbida resistentes a tratamentos médicos, farmacológicos e dietéticos.

A perda de peso alcançada com este tipo de cirurgia traz uma grande mudança na vida dos pacientes.

Além de promover uma importante melhora na percepção da própria imagem, com todos os benefícios psicológicos associados, reduz o risco de desenvolver e agravar patologias relacionadas.

Particularmente no caso de pacientes diabéticos, a cirurgia demonstrou em vários estudos ser mais eficaz do que a terapia médica isoladamente.

Por isso, na presença de obesidade mórbida ou complicada, a única solução terapêutica é a cirurgia bariátrica.

Obesidade, quando a cirurgia bariátrica é indicada

De acordo com as diretrizes da American Metabolic and Bariatric Surgery Society e da Italian Society of Obesity Surgery, a cirurgia bariátrica só é indicada quando o paciente apresenta obesidade mórbida grave, ou seja, aquela forma de obesidade com índice de massa corporal (IMC ou IMC) >40 ou quando está entre 30 e 39 anos e está associado a pelo menos 1 patologia importante relacionada à obesidade: hipertensão arterial, diabetes mellitus, apneia do sono, patologias articulares, etc.

A idade dos pacientes elegíveis para cirurgia varia de 18 a 68 anos.

A cirurgia só pode ser considerada em doentes com IMC entre 30 e 35 e em doentes com mais de 65 anos se for aprovada por uma equipa multidisciplinar especial, composta por várias figuras profissionais (anestesista, cirurgião, internista) que, após averiguação da presença de redução da qualidade de vida devido à obesidade e presença de comorbidades decorrentes, avaliar a relação risco-benefício do procedimento cirúrgico e dar o sinal verde para a operação.

As contra-indicações para a operação são: insuficiência cardíaca grave, angina instável, doença pulmonar terminal, câncer em tratamento ativo, hipertensão portal, dependência de álcool/drogas, déficit cognitivo.

A via pré-operatória

De grande importância, tendo em vista a cirurgia bariátrica, é o curso pré-operatório, que é fundamental para estudar o paciente para poder escolher o procedimento cirúrgico mais adequado, conhecer seu estado de saúde atual, avaliar a possível presença de patologias mal diagnosticadas e prepará-lo da melhor forma possível.

Durante o pré-operatório, o paciente é avaliado por diversos especialistas com experiência na área de cirurgia bariátrica.

É graças à colaboração dessas diferentes figuras tanto no pré como no pós-operatório que a cirurgia bariátrica encontra sua fonte de sucesso.

A equipe multidisciplinar que avalia o paciente candidato à cirurgia bariátrica é composta por:

  • cirurgião;
  • anestesista;
  • cardiologista;
  • psicólogo;
  • nutricionista.

Os exames psicológicos podem detectar elementos de contraindicação absoluta à cirurgia: psicose, incluindo esquizofrenia, drogadição, alcoolismo franco, violência sexual anterior, instabilidade na relação conjugal ou conjugal e tentativas anteriores de suicídio são elementos que impedem a cirurgia.

O exame dietético serve para esclarecer o tempo e a forma de início da condição de obesidade, seu curso ao longo do tempo, a duração dos períodos de remissão, o aparecimento e a gravidade das recaídas.

Outro elemento é a proeminência da coincidência de transtornos alimentares e, em particular, a compulsão alimentar, influenciando a escolha da cirurgia.

Com base nos resultados de exames de sangue de rotina e avaliações instrumentais realizadas (gastroscopia, manometria, ultrassonografia abdominal, polissonografia), também podem ser necessárias avaliações adicionais por outros especialistas, como endocrinologista, gastroenterologista/hepatologista, pneumologista, psiquiatra.

O entrelaçamento de diferentes figuras profissionais é indispensável para a correta avaliação do paciente, a confirmação da indicação cirúrgica e a escolha da estratégia diagnóstico-terapêutica mais eficaz, levando-se em consideração que todo centro qualificado possui pelo menos um centro restritivo, misto ou disabsortivo. intervenção em sua bagagem.

Em pacientes com sintomas de refluxo gastroesofágico ou presença de esofagite, também é realizada uma manometria esofágica na gastroscopia para avaliar a pressão da válvula entre o esôfago e o estômago (LES ou esfíncter esofágico inferior).

Este exame é fundamental para a escolha da cirurgia a fim de tratar também o refluxo ácido gástrico.

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Fonte:

GSD

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