Colonoscopia: as últimas técnicas e vários tipos

A colonoscopia é um procedimento diagnóstico-terapêutico que nos permite observar o cólon e o íleo (a parte final do intestino delgado, ed.) por dentro, para diagnosticar qualquer patologia que afete o trato intestinal e, se necessário, também intervir no esses

Um procedimento que, realizado de forma tradicional, pode ser desagradável para o paciente.

Para torná-lo menos incômodo, nas últimas décadas foram desenvolvidos:

  • tipos alternativos ou complementares de colonoscopias (por exemplo, colonoscopia robótica, colonoscopia com cápsula de vídeo, colonoscopia virtual…);
  • modalidades de preparação intestinal alternativas às clássicas (que alguns pacientes dizem que podem ser mais incômodas do que a própria colonoscopia);

Tipos de colonoscopia

Existem várias técnicas de colonoscopia que são indicadas e utilizadas pelo especialista em gastroenterologia dependendo do quadro clínico do paciente.

Especificamente, começando pelos mais recentes, falamos sobre os seguintes tipos de colonoscopia com técnicas alternativas ou complementares de realização do procedimento ao clássico:

  • colonoscopia robótica;
  • colonoscopia com videocápsula;
  • colonoscopia virtual;
  • colonoscopia tradicional.

Vamos ver o que são e como funcionam.

colonoscopia robótica

A colonoscopia robótica é uma técnica de ponta que envolve o uso de um colonoscópio de silicone flexível e descartável, que avança suavemente dentro do intestino como uma 'lagarta' que se estica e encurta, sem receber nenhum empurrão do lado de fora.

Conectado a um console, o médico o manobra convenientemente por meio de um joystick.

As vantagens da colonoscopia robótica podem ser resumidas da seguinte forma:

  • não requer sedação, exceto por vontade do paciente ou em circunstâncias especiais, o que torna o procedimento particularmente indicado para pessoas que não desejam ou não podem ser sedadas, com possibilidade de retorno imediato às suas atividades diárias, sem necessidade de permanecer sob observação após o teste é realizado;
  • permite biópsias e retirada de pólipos (polipectomias) de até 2 cm;
  • não tem risco de infecção, graças à instrumentação estéril e de uso único;
  • exclui perfurações, pois a sonda é feita de silicone macio e se adapta perfeitamente aos ângulos do cólon.

As desvantagens do procedimento robótico são que:

  • não é indicada para cirurgias de grande porte, como retirada de pólipos maiores que 2 cm, para as quais é necessária a utilização da técnica tradicional;
  • segmentos estreitos (estenose) do cólon não são facilmente superados pela sonda, que não tem possibilidade de impulso externo.

O procedimento robótico pode, em qualquer caso, ser convertido com segurança em curso para o padrão (sob sedação, é claro) para que o paciente tenha sempre a garantia de exploração completa do cólon e tratamento terapêutico.

Colonoscopia com videocápsula

A colonoscopia com videocápsula é um procedimento realizado por via oral através da ingestão de uma pequena câmera em forma de comprimido que, ingerida como alimento, ao chegar ao intestino permite a obtenção de imagens do cólon.

As vantagens da colonoscopia com videocápsula são:

  • representa o procedimento mais simples e menos invasivo;
  • não requer sedação; pode ser realizado por indivíduos que não desejam ou têm problemas para realizá-lo ou que não podem realizar os outros procedimentos de exploração do cólon.

As desvantagens da colonoscopia com videocápsula são:

  • o cólon deve ter uma limpeza muito profunda em comparação com a colonoscopia tradicional, ou os resultados do teste não são confiáveis;
  • trânsito muito rápido da cápsula (menos de 40 minutos) não permite exploração adequada do cólon;
  • não podem ser realizadas colheitas de amostras ou procedimentos cirúrgicos pelo que, se necessário, o paciente terá de ser submetido a uma colonoscopia tradicional subsequente (com repetição também da limpeza intestinal);
  • risco de bloqueio da cápsula em pacientes com, por exemplo, estenoses intestinais ou doença inflamatória avançada, para os quais esta técnica não é recomendada.

Colonoscopia Virtual

A colonoscopia virtual é uma investigação radiológica que, usando imagens de tomografia computadorizada (TC), simula uma colonoscopia tradicional no computador, permitindo assim que as paredes internas do cólon sejam estudadas de forma não invasiva, mas apenas inserindo uma sonda retal pequena e flexível no intestino e insuflar dióxido de carbono/ar para distender.

As vantagens da colonoscopia virtual são:

  • é minimamente invasivo;
  • pode ser realizada em casos de colonoscopia tradicional incompleta (para cólon longo, estreitamento do lúmen, etc.);
  • é indicado para pacientes idosos ou com contra-indicações à colonoscopia tradicional como, por exemplo, indivíduos com doenças cardíacas ou problemas respiratórios.

As desvantagens da colonoscopia virtual incluem:

  • sua prescrição deve ser avaliada pelo especialista de referência, principalmente em casos de gravidez, assim como todos os exames que envolvam exposição à radiação, mesmo que em baixa dose;
  • tem dificuldade em diagnosticar lesões planas e pólipos menores que 5 mm;
  • não consegue avaliar o estado inflamatório da mucosa;
  • não permite a coleta de biópsias ou procedimentos cirúrgicos de forma que em caso de pólipos ou lesões duvidosas o paciente terá que fazer a colonoscopia tradicional em diferentes momentos com aumento de transtornos para o usuário (que faz dupla preparação) e custos;
  • o procedimento é seguro, mas excepcionalmente podem ocorrer perfurações, lesões retais, reações vagais (nervo vago, ed.) à distensão cólica.

Colonoscopia tradicional

A colonoscopia tradicional é realizada inserindo no cólon um tubo fino e longo equipado com uma pequena câmera (colonoscópio), que permite uma visão perfeita do interior do intestino grosso (cólon), que é levemente inflado com ar para permitir a exploração.

A colonoscopia tradicional pode ocorrer:

  • limitado ao primeiro trato chamado reto (retoscopia);
  • estendeu-se ao segundo trato intestinal, denominado sigma (retossigmoidoscopia);
  • em todo o cólon (pancolonoscopia), como geralmente é feito e, quando houver indicações clínicas, também no último trato (cerca de 20 cm) do intestino delgado (íleo) (pancolon-ileoscopia).

A colonoscopia tradicional constitui o 'padrão ouro' entre os procedimentos de exploração do cólon, tanto para diagnóstico quanto para terapia.

Também permite:

  • realizar amostragem e procedimentos cirúrgicos, como remoção de pólipos (polipectomia) de diferentes formas e tamanhos usando técnicas cada vez mais sofisticadas;
  • intervir em lesões hemorrágicas;
  • tratar estreitamentos neoplásicos do cólon (colocando próteses).

As desvantagens da colonoscopia tradicional são:

  • é um procedimento invasivo para o qual é necessária sedação (consciente ou profunda) para tornar o teste menos doloroso; sedação que nem sempre é viável ou bem-vinda por todos os pacientes e requer um curto período de observação após o procedimento. Além disso, a sedação pode ter efeitos colaterais/complicações, ainda que limitados;
  • o risco, embora muito limitado, de complicações (sangramento, perfuração), especialmente durante os procedimentos terapêuticos;
  • pode ser difícil ou incompleto em um cólon particularmente longo ou com aderências.

Preparação para colonoscopia

Para realizar uma colonoscopia de qualquer tipo e avaliar adequadamente o interior do intestino, ele deve estar vazio e bem limpo.

Isso é alcançado por:

  • preparações tradicionais;
  • lavagem do cólon.

preparações tradicionais

O procedimento padrão de preparação da colonoscopia fornece ao paciente:

  • dieta específica a ser seguida nos 3-4 dias anteriores ao teste;
  • jejum de pelo menos 6 horas antes do atendimento;
  • ingestão de preparações laxativas líquidas (em quantidades geralmente de 2 a 4 litros ou 5 a 6 litros para aqueles com constipação grave) para limpar os intestinos. Infelizmente, essas 'bebidas laxantes' muitas vezes criam desconforto, como náuseas e cólicas abdominais e, no dia da ingestão, impedem a pessoa de realizar atividades normais porque a pessoa precisa continuamente ir ao banheiro. Além disso, tais preparações nem sempre podem ser tomadas e às vezes são contra-indicadas.

A lavagem do cólon

A lavagem do cólon ou hidrocólon é uma prática introduzida pelo Dr. Cosentino em 2010 para 'lavar', como também indica a palavra inglesa 'wash', os intestinos em preparação para a colonoscopia, como alternativa à clássica 'bebida laxante'.

Com duração aproximada de 45 minutos, sem desconforto, contraindicações (caso seja indicada a lavagem do cólon) ou complicações, ao final do procedimento a colonoscopia pode ser realizada imediatamente.

Como é realizado

Tal como acontece com a preparação tradicional, a lavagem do cólon requer igualmente:

  • dieta isenta de fibras nos 3 dias anteriores ao teste;
  • ingestão de algum laxante suave para amolecer as fezes.

O paciente, deitado de lado ou em decúbito dorsal, tem uma cânula inserida no reto, conectada a equipamento que controla a pressão e a temperatura da água, equipado com um tubo para entrada de água limpa e outro para remoção de material fecal junto com a água utilizada.

Ao mesmo tempo, o operador realiza sucessivas irrigações, massageando o abdome para promover a fragmentação e desprendimento das fezes.

Por que a colonoscopia é realizada?

A colonoscopia é indicada em várias condições:

  • presença de sangue evidente nas fezes, causa de possível sangramento intestinal (e não apenas doença hemorroidária);
  • positividade à busca de 'sangue oculto' nas fezes;
  • perda de peso sem causa aparente;
  • anemia por deficiência de ferro;
  • dor abdominal inexplicável;
  • constipação repentina ou diarreia prolongada ou constipação e diarreia alternadas;
  • prevenção em indivíduos com 'familiaridade' para doenças de câncer de cólon.

Essa modalidade de diagnóstico, nos últimos 20 anos, assumiu um papel fundamental na prevenção do câncer colorretal: o câncer mais comum na Itália no total entre homens e mulheres, quase sempre originado de tumores benignos devido à proliferação de células da mucosa intestinal (pólipos adenomatosos) que levam em média entre 7 e 15 anos para se transformar em formas malignas.

Os pólipos podem ser detectados porque tendem a sangrar e se projetar da mucosa intestinal, de modo que são visíveis em sua superfície.

A triagem nacional envolve a pesquisa de sangue oculto nas fezes em indivíduos de 50 a 70 anos e, em caso de resultado positivo, a colonoscopia, que também permite a remoção de pólipos.

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GSD

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