Disfunção erétil (impotência): causas, sintomas, diagnóstico e tratamento
A característica fundamental da disfunção erétil masculina (impotência sexual, também chamada de disfunção erétil) é uma incapacidade persistente ou ocasional de obter uma ereção ou de mantê-la por tempo suficiente para a relação sexual.
Para que se possa falar em impotência ou disfunção erétil, a anormalidade deve causar desconforto significativo ou dificuldades interpessoais.
Não deve ser exclusivamente atribuível aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (incluindo drogas) ou problemas médicos gerais.
Características da disfunção erétil
Como se manifesta
Existem diferentes tipos de disfunção erétil (impotência sexual).
Alguns indivíduos manifestam uma incapacidade de ter uma ereção desde o início da experiência sexual.
Outros têm uma ereção adequada e depois perdem a tumescência ao tentar a penetração.
Outros ainda têm uma ereção boa o suficiente para a penetração, mas perdem a tumescência antes ou durante as investidas subsequentes.
Alguns homens que sofrem de disfunção erétil (impotência sexual) podem conseguir uma ereção apenas durante a masturbação ou ao acordar.
As ereções masturbatórias também podem falhar, mas isso é raro.
Efeitos no relacionamento
As dificuldades de ereção da impotência são frequentemente associadas à ansiedade sexual, medo do fracasso, preocupações com o desempenho sexual e uma sensação subjetiva reduzida de excitação e prazer sexual.
Problemas com impotência sexual ou disfunção erétil podem prejudicar os relacionamentos conjugais ou sexuais em andamento e podem ser a causa de casamentos não consumados e infertilidade.
impotência sexual
A disfunção erétil é muito comum; é relatado como cerca de 10% prevalente na população em geral, podendo aumentar para mais de 50% com o aumento da idade (70 anos).
Causas da disfunção erétil
As causas da impotência são muitas e incluem fatores orgânicos, em particular problemas vasculares (circulatórios) e neurológicos, e fatores psicológicos, em particular a ansiedade de desempenho.
Importa, por isso, antes de mais, realizar um criterioso exame médico, de forma a apurar a presença de causas orgânicas, para depois passar aos aspetos psicológicos, que na grande maioria dos casos têm um impacto significativo.
A presença de ereções espontâneas à noite e ao acordar, bem como a capacidade de atingir e manter uma ereção durante a masturbação, entretanto, são prova inequívoca de que não há causas orgânicas para a disfunção erétil, mas que o problema é de natureza psicológica e, como tal, deve ser tratado com terapia comportamental específica.
Nesse caso, o problema é de natureza psicológica e, como tal, deve ser tratado com terapia cognitivo-comportamental específica.
Fatores psicológicos envolvidos
- medo do fracasso
- medo de ser abandonado ou não amado
- incapacidade de se render às próprias sensações corporais
- envolvimento excessivo, novidade e ansiedade de desempenho
- estresse e preocupações
- crenças disfuncionais (por exemplo, 'o homem deve estar sempre pronto e gerenciar ativamente as relações sexuais')
Avaliação e tratamento da disfunção erétil
O tratamento da disfunção erétil (impotência sexual) requer um curso de ação complexo que passa por uma fase de avaliação criteriosa do problema.
Isso visa descartar possíveis causas médicas, levando ao tratamento cognitivo-comportamental (ou relacionado à tarefa).
Esta é a única terapia psicológica que demonstrou boa eficácia no tratamento desses distúrbios de ereção.
exames médicos
Os principais exames médicos para descartar as várias possíveis causas orgânicas da disfunção erétil são:
- Eretrometria noturna, útil para verificar ereções involuntárias durante o sono.
- Ensaios hormonais, particularmente de prolactina e testosterona, que podem afetar as ereções.
- Ecocardiografia peniana, arteriografia e cavernosografia, úteis para avaliar qualquer disfunção vascular.
- Potenciais evocados sacrais, para avaliar a integridade das vias nervosas envolvidas na reação de ereção.
- Teste de papaverina, ou seja, a injeção dessa substância vasodilatadora no pênis, útil para avaliar seu funcionamento.
No caso de causas orgânicas, o urologista ou andrologista avaliará a conveniência de remédios farmacológicos, hormonais ou cirúrgicos para disfunção erétil (ou impotência).
Psicoterapia no tratamento da disfunção erétil
Se, por outro lado, o problema for claramente psicológico, como costuma acontecer, a solução mais adequada é um curso de psicoterapia cognitivo-comportamental.
Durante isso, serão abordados os principais fatores que mantêm o problema, como ansiedade de desempenho, estresse e outros círculos viciosos disfuncionais.
Essa é uma forma de terapia bem direta ao problema, que é abordado por meio de técnicas específicas.
Isso, porém, não deixa de lado, quando necessário, a análise de aspectos psicológicos mais profundos, ligados à estrutura da personalidade do sujeito, seus relacionamentos, suas ideias e crenças sobre sexualidade, sua história de vida e o contexto sociocultural em que cresceu.
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